O dia-a-dia nos traz muitas informações e sentimos que na maioria das vezes não dissertamos e tão pouco chegamos em conclusões importantes que façam com que mude suas opiniões e atitudes.
No meu caso, uma grande paixão é a fotografia como já puderam ver em muitos posts aqui no blog e sobre este trabalho que faço de tratamento, é que quero falar.
Começo dizendo que não sou fotógrafo, acredito que cada um tem que ter conciência das suas aptidões e responsabilidade para oferecer algo que realmente possa fazer.
O meu respeito por eles é enorme, sei da responsabilidade de transformar imagem em mensagem, conheço seus investimentos e a luta diária para alcançar o reconhecimento no meio de milhares que exercem a mesma função.
O dinamismo impera na fotografia, o tempo, luz, energia, equipe, todos alinhados para que tudo saia perfeitamente bem.
Meu respeito vai além talvez por perceber como designer, a importância do produto final e por isso, acredito que ele tenha que se preocupar única e exclusivamente com a ação final que é o “clicar”
Dentro dos meus insights acredito e muito que fotógrafo não deva tratar a imagem que tirou, não estou aqui defendendo o meu trabalho ou valorizando demais o fotógrafo e sim e por conhecimento de causa, se ele mesmo o faz, acaba bloqueando suas idéias por saber que tal tratamento pode levar tempo (muito maior que a execução da foto), e o mesmo discartar a idéia partindo para algo mais ágil. Naturalmente e talvez sem que ele perceba sua mente pode ser bloqueada para certas idéias.
Não é isso que queremos e sim um trabalho sério onde o resultado é a satisfação de quem o contratou.
Às vezes, fico tratando uma única imagem por horas e aí vc pode perguntar: A imagem não está boa? Claro que está, alias perfeita porém o que muitos não sabem ou não param para pensar que a tecnologia nos trouxe agilidade e também potencialidade. As imagens que elas retratam nos chegam além daquilo que o olho humano consegue enxergar e cabe a nós designers, equalizar esta situação.
Quando estou tratando uma imagem vem em minha cabeça o respeito que tenho que ter pelo cliente, fotógrafo, modelo, maquiador, cabelereiro, no caso de still (produto) uma imagem realista, sua valorização, etc, etc.
Cada Mercado tem sua peculiaridade de tratamento, tendência, ou seja…moda valorização da roupa, beleza, pele e cabelo, etc. Técnicas, vc tem inúmeras mas como para o fotógrafo, o designer também tem sua sensibilidade e personalidade impressa no trabalho e ainda , na maioria das vezes, finalizando literalmente em produto final tudo o que toda equipe fez!
Meu objetivo com este texto e valorizar o trabalho do designer como valorizo o trabalho do fotógrafo e que o mercado entenda a importância do fotógrafo e designer juntos com mesmo peso e medida.
Os grandes fotógrafos continuam sendo de fundamental importância para belíssimos trabalhos e nenhum software ou capacidade de manipulação dos mesmos podem substituir sua importância, mesmo porque se fosse deste jeito, eu particulamente seria um grande fotógrafo.
"Um bom tratamento depende exclusivamente de uma foto bem feita!"
A Minha percepção e respeito a eles me torna sem demagogia alguma, um grande designer no sentido de respeito, valorização e comprometimento naquilo que me proponho a fazer não discutindo aqui a qualidade do meu trabalho.
Você que quer algo de qualidade e já se deparou com aqueles que colocam a fotografia e tratamento como algo de pacote, vendido em feira por dúzia e que cobram valores absurdamente pequenos que não justificam o talento, investimento de equipamentos, etc, pode ter certeza que eles não entendem o respeito que deva ter por você e consequentemente não preocupados com aquilo que a imagem deva transformar em mensagem.
Pense nisto, a importância do fotógrafo e do designer.
Segue aqui mais um pensamento que é meu e quem leu até aqui, também tem o direito de discordar...
Nenhum software e/ou equipamento é capaz de substituir a sensibilidade humana, é simplesmente uma ferramenta de trabalho.
Mario Lamonica
Designer
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